A alienação é a rotina do trabalho
O trabalho é a rotina do peão
Explorar é a rotina do patrão
Em casa a rotina é acordar cedo
Nas ruas, a rotina… é o medo
O massacre é a rotina da prisão
A rotina do Estado é a exceção
O castigo é a rotina do quartel
A rotina do empresário… é o cartel
O grito é a rotina que faz bem
O silêncio é a rotina que convém
A quem faz da opressão uma rotina
Não importa se de farda… ou de batina
O protesto é a rotina do decente
Da gente que enfrenta o genocídio
Pro índio a rotina é a chacina
A rotina da favela é o obituário
A rotina do palácio… é o contrário
Sonegar é a rotina de quem tem
O capital tem a rotina do desdém
A rotina de quem diz que é sustentável
É tornar saber indígena… coisa rentável
A rotina da polícia é a vingança
A luta é a rotina da mudança
A rotina da mídia é o cinismo
A rotina do playboy… é o higienismo
A violência é a rotina do peão
A violência é a rotina da prisão
A violência é a rotina que convém
A violência é a rotina do desdém
A violência é a rotina do quartel
A violência do empresário é o cartel
Não se trata de quebrar uma agência
Toda rotina tem sua violência
Baderna Midiática